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Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS |
Uma em cada 20 crianças em idade pré-escolar sofre de algum problema de visão. Já durante o Ensino Fundamental, essa proporção sobe de 5% para 25%.
Problemas visuais não detectados podem comprometer o aprendizado e fazer com que a criança vá mal na escola.
Algumas não enxergam direito o que está escrito na lousa e outras podem ter dificuldade de ler livros, cadernos e apostilas que estão sobre a mesa.
Portanto, pais e professores devem estar atentos às crianças e estimulá-las a usar óculos ou tampões sem preconceito, quando necessário. Trata-se de uma medida que pode impedir o comprometimento do rendimento escolar.
Como as dificuldades visuais podem gerar impactos bastante negativos na vida dos pequenos, vale a pena prestar atenção em algumas pistas que alertam para a hora de marcar uma consulta com o oftalmologista. Entre os sinais mais comuns estão desinteresse pela leitura, cansaço, dor de cabeça ou sentar-se muito próximo à TV, por exemplo.
Na faixa etária entre os oito e 12 anos, estrabismo e ambliopia são alguns dos problemas mais comuns. Segundo médicos, a ambliopia ocorre quando um olho não enxerga bem, a criança tenta compensar forçando o outro olho. Assim, muitos pais não percebem a disfunção. Para tratar, usa-se um tampão, para forçar o desenvolvimento do olho “preguiçoso”. A única forma de prevenir é levar a criança ao oftalmologista a cada seis meses.
No início, a criança estranha um pouco. Mas logo se adapta, por uma questão de necessidade, e acaba gostando, porque ajuda muito no deslocamento.
Fique alerta
Como perceber que seu filho tem problemas de visão:
Reclamar de dor de cabeça
Se a criança reclama com frequência de dor de cabeça quando está em aula ou durante a lição de casa, é preciso investigar. Ela pode estar fazendo um esforço extra para enxergar bem.
Sentar muito próximo à TV
Quando algumas crianças insistem em sentar bem próximas à TV, mesmo que a tela seja grande, ela pode estar sofrendo de miopia. O mesmo é válido para livros.
Apertar os olhos para ler
Quando a criança aperta um dos olhos para enxergar, pode estar querendo melhorar o foco usando o olho bom para ver bem.
Andar de cabeça baixa
Há casos em que a criança estrábica ou com desequilíbrio no músculo ocular acaba tendo dupla visão ao focar um objeto ou olhar para baixo. Para se sentir mais segura, passa a andar sempre com a cabeça baixa, na tentativa de prevenir quedas.
Lacrimejar excessivamente
Algumas crianças não fecham os olhos totalmente enquanto dormem. Essa condição leva a um ressecamento noturno e, para compensar, os olhos passam o dia lacrimejando espontaneamente – o que atrapalha muito a visão.
Coçar os olhos
Esse é um sinal clássico de fadiga ocular. Tanto pode ter origem em problemas de visão como pode estar relacionado à conjuntivite.
Dificuldade com a leitura
Quando a criança não consegue ler uma sentença sem se perder nas palavras ou pular linhas, pode ser sintoma de astigmatismo ou estrabismo.
Acompanhar a leitura com o dedo
Se a criança não conseguir ler sem recorrer ao dedo indicador, pode não ser apenas uma mania, mas um caso de ambliopia – síndrome do olhinho preguiçoso – em que as letras e palavras parecem muito próximas.
Demonstrar sensibilidade à luz
Esse é outro sinal fácil de reconhecer. Quando a criança demonstra incômodo exagerado em ambiente muito iluminado ou ainda sob luz solar, pode sinalizar um tipo de estrabismo.
Tapar um olho com a mão
Há crianças que automaticamente tapam um dos olhos com a mão para enxergar melhor com o “olho bom”. Pode indicar problema de ambliopia ou estrabismo.
Cuidados
Ensine seu filho a cuidar das lentes dos óculos:
- Retirar a armação com as duas mãos
- Lavar com água fria e detergente
- Não usar água quente nem álcool
- Secar com lenço de papel macio
- Sempre guardar na caixinha
Fonte: Zero Hora
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