Você sabia que só cabe uma gota de colírio em cada olho? E que depois de aberto o medicamento dura apenas 30 dias? Ainda e mais importante: a terapia para a grande maioria dos problemas oftalmológicos é o colírio. Isso significa que o uso indiscriminado e sem acompanhamento médico tem consequências. Para agravar a situação, os tipos que não contêm antibiótico ou corticóide são vendidos sem receita médica. E lembre-se: como qualquer outro remédio, a variedade significa que cada um atende a uma necessidade específica.
Estudo conduzido pelo oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, com 369 pacientes, mostra que no verão 40% dos pacientes já chegam ao consultório usando colírio por contra própria por causa do aumento dos casos de conjuntivite, contra 30% no restante do ano. “O brasileiro tem este hábito porque independente da fórmula todo colírio melhora o conforto do olho”, comenta.
No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde (MS) a automedicação é a maior causa de internações por intoxicação no Brasil. Quando se trata de colírio, o estudo conduzido por Queiroz Neto mostra que o vasoconstritor – também conhecido por adstringente - que serve para deixar o olho branquinho, é usado por 56% das pessoas. Em longo prazo, o especialista diz que a medicação pode causar catarata.
Um outro estudo feito por Leôncio Queiroz Neto mostra que o mau uso do colírio atinge 67% dos tratamentos. Os erros mais comuns são a contaminação do bico dosador pelo contato com o dedo ou mucosa ocular, piscar várias vezes após a instilação, colocando o medicamento para fora dos olhos, automedicação com o colírio inadequado e absorção do medicamento pelo organismo. Para evitar efeitos colaterais sobre o organismo ele ensina ocluir com o dedo indicador o ducto lacrimal na extremidade interna do olho. Este simples cuidado evita, por exemplo, alterações cardíacas em casos de uso de colírio vasoconstritor.
Um dos tipos que pode ser adquirido sem receita médica é a lágrima artificial que tem função osmoprotetora e lubrificante. Entretanto, deixar de sentir o incômodo da secura do olho pelo uso do colírio não significa que a causa está sendo tratada. O oftalmologista Guilherme Pascal explica que os lubrificantes são colírios de efeitos colaterais pequenos e os mais seguros. Outra categoria de acesso fácil e irrestrito é justamente o adstringente. “Eles são usados para tirar a vermelhidão do olho, mas desconheço um oftalmologista que prescreva de rotina esse tipo de colírio”, afirma o médico. O que é preciso ter consciência é que o motivo da vermelhidão precisa ser investigado e essa classe, apesar de ter efeito imediato contra a vermelhidão, faz com que os vasos sanguíneos que estavam dilatados se fechem, mas o efeito é passageiro e os vasos voltam a se dilatar.
A lágrima artificial ou colírio lubrificante – muito usada por quem passa muito tempo em frente a telas de computador, smartphones e tablets – é a que tem menos efeitos colaterais em comparação com outros, mas mesmo assim, ainda que raro, pode desencadear um quadro de conjuntivite alérgica. Para Guilherme Pascal, a questão não é só de efeito colateral, “é deixar de dar atenção correta à doença”, diz.
O que acontece na maioria das vezes é que ao primeiro sinal de desconforto um colírio é utilizado. Em alguns casos, até emprestado. O principal ponto é que as pessoas não encaram “essa aguinha” como remédio. É bom repetir que qualquer uma das categorias tem princípios ativos e para cada problema há um colírio certo. Os casos de conjuntivite, por exemplo, aumentam em 30% nessa época do ano e têm causas e tratamentos diferentes: se é alérgica, é recomendado o colírio antialérgico; se é bacteriana, colírio antibiótico; se é viral, um colírio antiinflamatório.
No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde (MS) a automedicação é a maior causa de internações por intoxicação no Brasil. Quando se trata de colírio, o estudo conduzido por Queiroz Neto mostra que o vasoconstritor – também conhecido por adstringente - que serve para deixar o olho branquinho, é usado por 56% das pessoas. Em longo prazo, o especialista diz que a medicação pode causar catarata.
Um outro estudo feito por Leôncio Queiroz Neto mostra que o mau uso do colírio atinge 67% dos tratamentos. Os erros mais comuns são a contaminação do bico dosador pelo contato com o dedo ou mucosa ocular, piscar várias vezes após a instilação, colocando o medicamento para fora dos olhos, automedicação com o colírio inadequado e absorção do medicamento pelo organismo. Para evitar efeitos colaterais sobre o organismo ele ensina ocluir com o dedo indicador o ducto lacrimal na extremidade interna do olho. Este simples cuidado evita, por exemplo, alterações cardíacas em casos de uso de colírio vasoconstritor.
Um dos tipos que pode ser adquirido sem receita médica é a lágrima artificial que tem função osmoprotetora e lubrificante. Entretanto, deixar de sentir o incômodo da secura do olho pelo uso do colírio não significa que a causa está sendo tratada. O oftalmologista Guilherme Pascal explica que os lubrificantes são colírios de efeitos colaterais pequenos e os mais seguros. Outra categoria de acesso fácil e irrestrito é justamente o adstringente. “Eles são usados para tirar a vermelhidão do olho, mas desconheço um oftalmologista que prescreva de rotina esse tipo de colírio”, afirma o médico. O que é preciso ter consciência é que o motivo da vermelhidão precisa ser investigado e essa classe, apesar de ter efeito imediato contra a vermelhidão, faz com que os vasos sanguíneos que estavam dilatados se fechem, mas o efeito é passageiro e os vasos voltam a se dilatar.
A lágrima artificial ou colírio lubrificante – muito usada por quem passa muito tempo em frente a telas de computador, smartphones e tablets – é a que tem menos efeitos colaterais em comparação com outros, mas mesmo assim, ainda que raro, pode desencadear um quadro de conjuntivite alérgica. Para Guilherme Pascal, a questão não é só de efeito colateral, “é deixar de dar atenção correta à doença”, diz.
O que acontece na maioria das vezes é que ao primeiro sinal de desconforto um colírio é utilizado. Em alguns casos, até emprestado. O principal ponto é que as pessoas não encaram “essa aguinha” como remédio. É bom repetir que qualquer uma das categorias tem princípios ativos e para cada problema há um colírio certo. Os casos de conjuntivite, por exemplo, aumentam em 30% nessa época do ano e têm causas e tratamentos diferentes: se é alérgica, é recomendado o colírio antialérgico; se é bacteriana, colírio antibiótico; se é viral, um colírio antiinflamatório.
Fonte: http://sites.uai.com.br/
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